Este estudo analisa os efeitos da associação das terapias de imagem motora e de movimento induzido por restrição na reeducação funcional do membro superior (MS) de um paciente com deficit sensorial e motor determinado por acidente vascular encefálico (AVE). A terapia de imagem motora (IM) consistiu em: 1o, estimulo visual do espelho, em 3 sessões semanais de 30 a 60 minutos por 4 semanas; e 2o, IM com prática mental, em 3 sessões semanais de 15 minutos por 3 semanas. Por último foi aplicada a terapia de indução ao movimento por restrição do membro superior não-afetado por 14 dias, em 10 dos quais foi feita atividade funcional do membro parético por 6 horas diárias. Além da avaliação clinica da sensibilidade e medida da força de preensão palmar, antes do tratamento e após cada modalidade de terapia foi medida a amplitude de movimentos de ombro, cotovelo e punho e aplicada a escala de avaliação motora (EAM). Os escores dos quatro momentos da coleta foram comparados estatisticamente. Após o tratamento os resultados mostraram diferença significativa (p<0,05) com aumento da amplitude de movimentos em todas as articulações do MS e na força de preensão palmar; redução no tempo de execução de tarefas da função de braço e mão na EAM; e recuperação clinica da sensibilidade, especialmente tátil e sensação de pressão. No paciente estudado a associação da IM e da terapia de movimento induzido por restrição foi eficaz na recuperação funcional do membro superior parético pós-AVE.
This study assessed the efficacy of the association of motor imagery and constraint-induced movement therapies in functional rehabilitation of the upper limb in a patient with somatosensory and motor deficits following stroke. Motor imagery (MI) therapy, i.e., mental simulation of body image, consisted in: 1st, mirror visual stimulus, at three 30-60-minute weekly sessions for four weeks; and 2nd, MI with mental practice, at three 15-minute sessions per week for three weeks. Lastly, constraint-induced movement therapy was applied for 14 days, in 10 of which the patient underwent 6 hours daily of paretic limb functional training. The patient was assessed at baseline and at the end of each therapy modality as to clinical examination of sensation; hand grip strength; shoulder, elbow and wrist range of motion; and the motor assessment scale (MAS) was applied. Scores obtained at the four assessment moments were statistically compared. Results showed significant differences (p<0.05) after treatment: increased range of motion at all upper limb joints, increased hand grip strength, decrease in time of task performance at MAS, and recovery of clinical sensation, especially tactile detection and pressure sense. The association of IM and constraint-induced therapies thus proved effective in functional rehabilitation of the upper limb of the poststroke patient with chronic hemiparesis.